FRONTE HORIZONTE
Fito o horizonte,
Do céu de outrora,
Qual gozo esconde
A tristeza, embora:
Seja pequeno só,
Somente cá;
Qual gozo esconde
A tristeza, embora:
Seja pequeno só,
Somente cá;
Andei sem rumo,
E estou a andar
Demasiado;
E estou a andar
Demasiado;
Extasiado,
Com tantos destinos,
Caminhos que o sol
Facilmente me dá!
Por onde vou,
Por que devo ir?
Não seria melhor aqui?
Parado,
Inanimado,
Tão mais tranquilo...!
Ora a morte me espreita,
Espera a parada,
Bem à estrada,
Em frente ao portão.
Ora a morte me peita,
Diz que me quer
Com tantos destinos,
Caminhos que o sol
Facilmente me dá!
Por onde vou,
Por que devo ir?
Não seria melhor aqui?
Parado,
Inanimado,
Tão mais tranquilo...!
Ora a morte me espreita,
Espera a parada,
Bem à estrada,
Em frente ao portão.
Ora a morte me peita,
Diz que me quer
Ver bem com preguiça,
“Esquece e não faz!”.
Porque minha estrada,
A estrada sim,
É com a passada,
Dentro de mim,
Constrói, ergue pulsação!
Não vai ser no berço da inanição
“Esquece e não faz!”.
Porque minha estrada,
A estrada sim,
É com a passada,
Dentro de mim,
Constrói, ergue pulsação!
Não vai ser no berço da inanição
Que fixarei o meu termo.
Vou andando a ermo,
Ermo que obsequia
A minha utopia...
“Vai e não para!
Tua vida é andar!”
Enfrento o horizonte!
Não basta olhar!
Ermo que obsequia
A minha utopia...
“Vai e não para!
Tua vida é andar!”
Enfrento o horizonte!
Não basta olhar!
(Pintura de Alexandre Fiuza)
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