MEDO VISCERAL
Vi
meu
sangue
escorrer
pelo chão
meus
dentes secarem
minha
face descorada
e
minha energia
dizimada
pagando
o dízimo
pelo
ázimo
dos
dias
paguei-te,
tempo
dei-te
tudo que tinha aqui
deite-me
agora no repouso
no
intervalo
entre
tu e o real
que
bem poderia ser fantasia
dos
minutos agonizantes
em
que te queria
como
sempre antes
povoando
o pulular
de
vísceras
existindo
e
me eximindo
desta
aberração
que
está ao teu lado
e
que numa atitude
arbitrariamente
tola
nomeamos
como
Nada.
Comentários
Postar um comentário