3º SONETO À MINHA SENHORA


Que eu te quero - bem-te-quero sei;
Ao lado meu - aconchego e abrigo.
Somente a nós - eu, você - contigo,
O amor terreno que aqui procurei.

Faço-te versos, com os quais já sonhei;
Se os escrevo é por lhes ser amigo,
Jamais um dono, porque não consigo
Cantar do peito a flor que plantei.

E o romantismo que n’ora me enlaço
Clama por ti e se esbalda no traço
Que escorre ao rio deste meu papel.

Em cor blasfema, a paixão que faço,
Esquenta o frio, do inverno renasço.
Quero-te amante e eu seu menestrel!

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