ASSOCIAÇÃO LIVRE
I.
Primeiro me ocorreu
Entre névoas
Entretanto
Que aquelas lembranças
Encobertas
Revelavam
O que não quis
De mim
E pensei daquilo ser
Do demônio
E o demônio
Já não mais tão vermelho
Mostrou-nos somente
Uma caricatura
De uma das tão distintas
E encravadas
Facetas da gente.
II.
E os demônios
Sem asas
Senão desejos
Viraram-se em anjos
Nesta teogonia
Em que os deuses-homens
Gozavam da morte
Na brancura de falta de sentido
No ofuscar dos sonhos ideários
E nas preces mais desorientadas
E de línguas tão desconhecidas
Tudo se misturava
E ao mesmo tempo se revelava
Em harmonia
Tudo se esbanjava de risos
Perante nossa ignorância.
III.
E no terceiro ato
O derradeiro
O desespero
Despido das mágoas
Vestido de choro inteiro
Sem mais tanta força para resistir
O pobre homem
Revelado ao não-saber
Entregou-se ao vácuo
E abandonou-se no vento
De uma constante e renascida vida
Entre-morte e entre-vidas.
Primeiro me ocorreu
Entre névoas
Entretanto
Que aquelas lembranças
Encobertas
Revelavam
O que não quis
De mim
E pensei daquilo ser
Do demônio
E o demônio
Já não mais tão vermelho
Mostrou-nos somente
Uma caricatura
De uma das tão distintas
E encravadas
Facetas da gente.
II.
E os demônios
Sem asas
Senão desejos
Viraram-se em anjos
Nesta teogonia
Em que os deuses-homens
Gozavam da morte
Na brancura de falta de sentido
No ofuscar dos sonhos ideários
E nas preces mais desorientadas
E de línguas tão desconhecidas
Tudo se misturava
E ao mesmo tempo se revelava
Em harmonia
Tudo se esbanjava de risos
Perante nossa ignorância.
III.
E no terceiro ato
O derradeiro
O desespero
Despido das mágoas
Vestido de choro inteiro
Sem mais tanta força para resistir
O pobre homem
Revelado ao não-saber
Entregou-se ao vácuo
E abandonou-se no vento
De uma constante e renascida vida
Entre-morte e entre-vidas.
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