TÃO SOMENTE GRATO
A areia escorre na ampulheta e a seguro, trêmulo, entre as minhas mãos. Não sei se medo... Cada grão que escorre e se debate com seus semelhantes parece tinir o ar que falta. E não sei! O mais angustiante é que não sei,... não sei de quase nada. E o que sei, seja lá o que for, verdadeiramente, não vale tanto quanto queria eu que valesse, porque não são poucos os instantes em que me apercebo: pequeno, frágil, soberbo! Numa finitude absurdamente incompreensível, o único sentimento que faz algum sentido é o de gratidão por poder viver algo. E sou-te grato, Deus, onde quer que você esteja; ouvindo-me ou não!
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