ELOGIO-ME
O elogio que te dou,
Loucura estranha,
Não cabe em palavras;
É duro e cru,
Como a realidade que vês
E sofres tão nítida.
O elogio que te dou,
Dor nas entranhas,
De fato, temo expressar,
E não resistir
À barbaridade humana,
Singular e obscura.
O elogio que te dou,
Irmã onipresente,
Receia e foge
De si mesmo e outrem,
Nega-se e renega-se
A todo e ninguém.
É a contradição,
Dor e gozo,
Em veia...
Comentários
Postar um comentário