À SOMBRA DA MANGUEIRA

Sentei-me à sombra da mangueira
Lá podia a vida inteira
Ver passar por minha frente
O rumor vindo do vento
Soando entre as folhagens
Miragens de um tempo ido
O frescor que me encobria
Fazia-me esquecer
A dor que por tanto doer
Fez sumir em quem doía
O marejar de meus olhares
O sobraçar de minh’aura
Era eu, o vento, as folhas
O cheiro, o claro, ninguém.

07.11.13

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