BONANÇA, SIMPLES BONANÇA...
Cá neste torrão de mato,
Escondo-me à beira-rio,
À espera de algum sopro,
Sentir uma pitada de frio,
Em meio ao esturricar
Da seca no sertão bravio.
Suponho ainda a bonança,
À brisa que à tarde vem,
Revoar das folhas secas,
Lado a lado com meu bem,
E observo e me acalento,
Co’as belezas que aqui tem.
Ondas cintilantes n’água,
Tem traíra, piaba, assobio,
Passarinhos à ramagem,
Cantam da caatinga o alvadio,
Mata branca, de espinhos,
Beleza em sagrado feitio.
Por patrono tem o galo
De campina, que digo sem
Qualquer medo de errar,
É quem anima o almarjem,
Rubra pluma no pescoço,
Sinal de vida no magrém.
A paz é que toma conta,
Esqueço até o desafio
Que é viver, lutar, correr,
O pescoço sempre a fio
De navalha, da pressão,
Aperreio, ânimo esguio.
E...
Aqui, faço e desfaço,
Somente o que quero,
Refaço, recupero,
Aquilo que, de fato,
Sou e vou ser.
Escondo-me à beira-rio,
À espera de algum sopro,
Sentir uma pitada de frio,
Em meio ao esturricar
Da seca no sertão bravio.
Suponho ainda a bonança,
À brisa que à tarde vem,
Revoar das folhas secas,
Lado a lado com meu bem,
E observo e me acalento,
Co’as belezas que aqui tem.
Ondas cintilantes n’água,
Tem traíra, piaba, assobio,
Passarinhos à ramagem,
Cantam da caatinga o alvadio,
Mata branca, de espinhos,
Beleza em sagrado feitio.
Por patrono tem o galo
De campina, que digo sem
Qualquer medo de errar,
É quem anima o almarjem,
Rubra pluma no pescoço,
Sinal de vida no magrém.
A paz é que toma conta,
Esqueço até o desafio
Que é viver, lutar, correr,
O pescoço sempre a fio
De navalha, da pressão,
Aperreio, ânimo esguio.
E...
Aqui, faço e desfaço,
Somente o que quero,
Refaço, recupero,
Aquilo que, de fato,
Sou e vou ser.
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