DÁ-NOS VIDA, MÃE-ÁGUA!

A água,
Antes farta,
Quando em falta, 
Racha a terra 
E o pé do sertanejo,
O mesmo que, 
Em peleja amiúde,
Vai com o jegue,
Magro, cansado...,
Atrás de escapar,
Nalguma poça,
Perdida por aí.

Oh água! 
Tu que és benção 
E redenção, 
Fertiliza a terra 
E o coração
De minha gente! 
Vem e cai,
Bem de repente,
Pra vida reanimar! 
Pra mode ver:
Campina verde, 
Gado farto a pastar.

Oh água!
Perdoe-nos por atacar
Teus nascedouros,
Teus rios, riachos,
Até foz e o mar.
Tem pena da ignorância.
Dá chance de redimir
O erro de agora,
Pra poder construir
Uma nova aurora,
De mais zelo pra ti.

Axé, amém, mãe água!

(Pintura da potiguar Alice Brandão)

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