SE ME FIRMO EM MIM, SOMENTE EM MIM... NADA TENHO!

Lacerante verdade perpassa
Minha miudeza assoberbada,
Em notar-me defrontado
Ao redemoinho da imensidão,
Que encobre e recobre
Minha solidão, empedernida,
Neste vaivém do imediato.

Num firmado contrato,
Exposto, consensual,
Dito o que é bom e mau,
Faço segundo meu agrado,
Pisoteio, danço e sapateio,
Ignoro, faço baixo outrem,
Mesmo que tão semelhante,
E adiante, o que será de mim,
Na vastidão do nada?

E a solidão corrói,
Tanto corrói que mata!

(Pintura: O Menino e o Galo, de Floriano Araújo Teixeira)

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