CONFIDÊNCIA DIVINAL
Quero lhe falar
De todo o meu grito
Das coisas que vivi
No nosso vão conflito
Quero lhe contar
Os segredos que guardei
Quero espalhar
Toda flor que eu pisei.
E quero muito mais
Muito mais que tudo
Calar-me e fazer-me
Um pobre, um mudo
Daqueles que andam perdidos
Sem voz pelas calçadas
Os poetas verdadeiros
Que vivem as madrugadas.
Quero lhe pedir
Desesperadamente
Guia o meu devir
N’alvorada envolvente
Dos passos do medroso
Que ousou cantar
Um dia sim
Na passarela das Andradas
Ao sino de marfim
E olhou a lua
Ergueu as mãos
Curvou-se ao chão
E ali caiu
Não soube
Não soube
Que destino lhe partiu.
E eu mesmo quero partir
Para não sei bem aonde
Só sei, quero pedir
Retira-me a um monte
E que lá ore
Pelos que não quiseram
Nem quererão
Mexer-se mais.
De todo o meu grito
Das coisas que vivi
No nosso vão conflito
Quero lhe contar
Os segredos que guardei
Quero espalhar
Toda flor que eu pisei.
E quero muito mais
Muito mais que tudo
Calar-me e fazer-me
Um pobre, um mudo
Daqueles que andam perdidos
Sem voz pelas calçadas
Os poetas verdadeiros
Que vivem as madrugadas.
Quero lhe pedir
Desesperadamente
Guia o meu devir
N’alvorada envolvente
Dos passos do medroso
Que ousou cantar
Um dia sim
Na passarela das Andradas
Ao sino de marfim
E olhou a lua
Ergueu as mãos
Curvou-se ao chão
E ali caiu
Não soube
Não soube
Que destino lhe partiu.
E eu mesmo quero partir
Para não sei bem aonde
Só sei, quero pedir
Retira-me a um monte
E que lá ore
Pelos que não quiseram
Nem quererão
Mexer-se mais.
Comentários
Postar um comentário