CHUVARADA, ANÚNCIO E SAUDOSISMO
O irmão trovão gritou, anunciando às criaturas viventes o presságio de abundância. As águas caíram em fios violentos, apagando a poeira, que expira com um bafo. “Corre, menina, pega as roupas!”, as vizinhas se convocam. A dinâmica da comunidade muda duma hora pra outra; mulheres recolhendo os molambos estendidos; baldes e bacias às goteiras... Os animais em reboliço... A meninada já começa a se ajuntar pra aproveitar, lambuzando-se com a “lama” que escorre das biqueiras.
E eu à janela... O corpo reconhece; é como se se livrasse do estresse do tempo de seca. Tudo em metamorfose... Estarrecido, vejo aquilo e reflito: em vida, somos tudo e tudo somos nós. Um simples gotejar sagrado pode tanto significar: é um laço na dinâmica intricada da nossa mãe maior. E dela somos totalmente dependentes... Não mandamos, e todo o poder é meramente ilusório: sem ela não há nós. E nessas nuances é que me apercebo mais, e louvo pela graça.
E eu à janela... O corpo reconhece; é como se se livrasse do estresse do tempo de seca. Tudo em metamorfose... Estarrecido, vejo aquilo e reflito: em vida, somos tudo e tudo somos nós. Um simples gotejar sagrado pode tanto significar: é um laço na dinâmica intricada da nossa mãe maior. E dela somos totalmente dependentes... Não mandamos, e todo o poder é meramente ilusório: sem ela não há nós. E nessas nuances é que me apercebo mais, e louvo pela graça.
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