NA BATIDA DUMA ZABUMBA
Na batida do zabumba,
Perdi-me completamente.
O balançar tomara conta
De todo o corpo e mente.
Já pulei no meio da roda,
Assustando muita gente...
E em tal batucada fluida,
Que parecia não ter fim,
Esquecera onde estava,
Se estava mesmo em mim.
Dançava, girando muito,
Empoeirando a calça brim.
Arrastei logo uma nega
Pra perto dos meus braços;
Agarrei-a pela cintura;
Dei-lhe uns fortes amassos.
Rodei-a feito um pião,
Vai-e-vem de nossos passos...
Na festa eu me tornava
Pessoa nova e repleta,
Duma euforia cabreira...
Alegria mais predileta...
Festinha era improvisada,
Não findava antes da meta...
...Do dia amanhecer.
(Pintura de Adélio Sarro)
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