APELIDOS COMO PORTADORES DE PAPÉIS IDENTITÁRIOS NO INTERIOR
Algo peculiar da cultura interiorana, em especial de nossa Palma, é o caráter identitário dos apelidos dentro das comunidades, de tal maneira que são passados de pai para filho como uma espécie de herança. Se o pai teve por apelido Doca, por suposição, seu filho bem que poderá ser reconhecido por José Doca, ou qualquer outro nome seguido de “Doca”. Isto designa que, além do sobrenome oficial (que cumpriria igual função), desenvolve-se um sobrenome popular, baseado nos apelidos, nas formas como são conhecidos os pais dos “ditos cujos”. Nessa forma tanto se pode suprimir o “de” como se pode mantê-lo; no exemplo, tanto se pode chamar “José do Doca” quanto “José Doca”. É um laço familiar reconhecido no âmbito das relações comunitárias e que constitui uma maneira distinta de designar as pessoas para além do nome e sobrenome oficial. Retrata uma valorização no âmbito local em se saber do tronco familiar dos indivíduos. Traço curioso de nossos costumes...
Comentários
Postar um comentário