COREAUENSE NAS PÁGINAS DO DIÁRIO DO NORDESTE

O projeto Confraria da Leitura, criado pelo companheiro Prof. João Teles, apareceu na edição do dia 28 de outubro de 2012 da revista Siará, do jornal Diário do Nordeste; confira o texto tratando do projeto:

Foto: Alex Costa

Uma vez por semana, as cadeiras da sala de aula saem da disposição tradicional dando lugar a almofadas, esteiras, crianças à vontade e livros, muitos livros. Assim funciona a Confraria de Leitura, criada, há 16 anos, pelo professor João Teles, 48 anos, em escolas públicas. Com pouco mais de dois anos lecionando, o jovem professor se sentia incomodado com a lacuna existente entre o livro e os alunos. “Notei que eles tinham muita dificuldade de ler e interpretar o que apreendiam. Então, resolvi fazer algo para reverter a situação”, relata João Teles.

Inicialmente, o projeto era denominado ABC de Leitura e funcionava numa escola em Maracanaú, onde João trabalhava. Depois, ele o transferiu para Fortaleza, atendendo às escolas municipais Maria Bezerra Quevedo, no bairro Novo Mondubim, e Padre Antônio Monteiro, no Parque Santa Rosa.

Mais do que acesso ao conhecimento, a literatura, na perspectiva de João Teles, é uma ferramenta fundamental na construção da personalidade de cada criança: “O aluno da rede pública geralmente tem a autoestima muito baixa, e o livro traz essa Possibilidade de motivá-lo, fazê-lo se mostrar importante”.

As atividades da Confraria são realizadas em sala, mas num contexto bem diferente das aulas comuns. De caráter lúdico, o trabalho estimula o gosto pela leitura sem as notas que a escola exige. Depois de ler uma história, cada aluno compartilha com os demais colegas os pontos altos da narrativa, elegendo as obras e os personagens favoritos.

Fatores como acervo reduzido e falta de apoio do poder público dificultam o trabalho. Mesmo com as barreiras encontradas, a gratificação é o que motiva esses agentes da leitura prazerosa. “A nossa grande alegria é encontrar com o aluno e ouvi-lo dizer que está lendo melhor e se sentindo e ouvi-lo dizer que está lendo melhor e se sentindo importante”, afirma João Teles.