PRA FALAR DE UTOPIA, UTOPIA VERDADEIRA

Se ouso pensar em tons de utopia, não é que queira me distanciar da realidade fatídica da vida.Quero mais é me aproximar, sentir na pele a dor que o povo empobrecido, tantas vezes desesperançado perante injustiças, sofre, no martírio cotidiano de “pequenos” descasos. É na fila do hospital, é na ausência de saneamento básico, no desemprego, no medo da criminalidade, na prostituição, no desrespeito e preconceito... É lá, onde o povo está, que se alimenta a utopia, enquanto norte de uma ação de mudança, promovendo o renascer da esperança no coração popular. A utopia não é sonho inalcançável, não é vão devaneio. É o que surge para manter vivo o espírito revoltado perante as contradições que há na terra dos homens. Um desiludido, um acanhado pela frustração, tem seu espírito enrijecido, quase morto, pois já não se projeta na ação sublime de sonhar, e de traçar planos concretos pra fazer da utopia feliz realidade, alcançada na luta, calcada na militância insistente do dia-a-dia, só efetiva com a união de mãos de confrades revolucionários.

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