PRA ESCAPAR NA PESCA...
Noite de lua clara, o que facilitaria a dura labuta... Ante o afundar dos pés no lamaçal, exige-se equilíbrio e cuidado para executar a pesca de choque; a passos lentos se dava a agressão constante à lama – o que restara dum açude, após o verão torrante . Uma ferramenta deveras rumimentar, presenteada pelo sogro, fabricada com varas de marmeleiro, arame e cordões de tucum, formando uma espécie de cesto sem fundo: é esse o choque. Com aquilo é que deveria buscar a “mistura” do dia seguinte; caso contrário, teria de resistir ao reles arroz branco e pirão de farinha d’água. E como necessita insistência... Horas a fio batendo o choque, para dar de encontro com algums perdidas traíras. Delas escapavam umas que valiam a viagem, de tão grandes que eram. Uma mordida aqui e acolá... Estava-se vivo, não havia porque reclamar...
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